segunda-feira, 27 de julho de 2009

Entrevista para a revista "Plutões"

Bom, atendendo aos pedidos calorosos, postarei uma das minhas entrevistas que fiz nos últimos meses. Essa foi em Junho para a revista "Plutões". Eu tenho a capa mas to sem scanner. Amanhã talvez eu poste-a para você(s). Bem, vamos lá:

"Algumas pessoas o talento de se auto-promoverem. Enaltecem seus atributos, sejam eles tangíveis ou intangíveis, de forma que assim, conquistam a persuasão e a admiração de um bom número de pessoas. Muitos dos casos encontramos dentro dessas pessoas, um camarim completo, onde elas ensaiam as falas, abusam da maquiagem e vão para o show. Mas como vocês, leitores assíduos da revista Plutões sabem, não estamos atrás de pessoas tão comuns. Artistas plásticos (sem ofensa aos reais, os verdadeiros). Artistas que vivem em gondolas esperando para serem apanhados por algumas que necessitam de suas funções. Essa revista tem como princípio encontrar o pior de um ser, a escuridão mais longíqua que o mesmo afasta para os confins da galáxia. E nos confins nos deparamos com um blogueiro que atendia as nossas propostas. Melchior Cristo da Silva Barbosa. Auto-destruitivo, desiludido e frustrado. Ao mesmo tempo carente, esperançoso. Um perfeito dramalhão que conseguiria afastar mosquitos ao abrir a boca. E não seria pelo mal hálito. Mas ele não afasta os redatores da Plutões que conseguiram uma entrevista exclusiva com esse ser deprimente. No sentido menos pejorativo da coisa. Acompanhe agora a entrevista:

- Plutões: É um prazer para você nos receber, certo?

- Melchior: É claro! É bem raro eu conseguir me expressar num meio tão grande como a revista Plutões!

- Plutões: Mesmo sabendo que somos fruto da sua imaginação carente de atenção?

- Melchior: Ora, claro! Esse sou eu! Vocês são eu mesmo!

- P: Estamos aqui para rir de você...não te incomoda nem um pouco a idéia?

- M: Estou rindo de mim mesmo...

- P: De fato...mas vamos às perguntas. Como se esforçar para tirar um poema da cabeça e no final descobrir que ele é, ou trivial e banal, ou incoerente e contraditório?

- M: É complicado. É como matutar elogios para uma bela garota, lapida-los e quando você termina, vê que ficou preso a mesmice. Isso em parte é culpa da falta de leitura, vocabulário e portifólio.

- P: Então os poemas são como amar?

- M: Não necessariamente. No meu caso, a complicação de amar e ser amado, faz com que saia da minha cabeça, coisas complicadas de se entender. Incoerentes ou contraditórias. Na pior das situações, banais e triviais. (choros)

- P: Entendo. Além do amor, existe alguma outra fonte de "energia" para se fazer poemas?

- M: Falando de mim há um bocado de raiva.

- P: No caso, a raiva é bem-vinda então?

- M: Há duas formas de se escrever. Duas formas sentimentais ao meu ver. A raiva e o amor. Geralmente encontramos a raiva sob a máscara da comédia. E o amor sob a máscara da moral.

- P: Explique melhor.

- M: Não sei explicar. Meu raciocínio é vago no que eu mesmo disse. Mas basicamente, o que realmente amamos é suprimido pela nossos códigos morais. E para esconder o ódio, temos que rir, fazemos comédia.

- P: Nossos leitores acharão isso bem desinteressante ao meu ver.

- M: Não se culpe. Culpe a mim.

- P: Já vamos embora, ok? Foi um prazer estar com você nesse curto tempo. Mas temos que pegar a estrada antes que anoiteça. Obrigado.

- M: Hahahahahahaha! Bela desculpa!"

2 comentários:

Rafael Noris disse...

"Geralmente encontramos a raiva sob a máscara da comédia. E o amor sob a máscara da moral" caraca, essa parte foi tocante ^^ e obrigadão por postar a entrevista rsrsrs ;)

Melchior disse...

O que sou eu sem meu(s) fã(s)! Preciso alimenta-los com esperança.