Ano Novo
Primeiro de janeiro
Rastro dos fogos no canteiro
E é assim todo janeiro
Depois vem fevereiro
Nós celebramos o ano novo
De novo e de novo
Vamos celebrar por aqueles
Que não tem nada a celebrar
Vamos nos embebedar às preces
Praqueles que não sabem se embebedar
Machucaremos os silênciosos
Pois eles irritam os tendenciosos
Esses são as promessas do ano novo
As mesmas do ano passado que era novo
Escolham suas facas já em novembro
Comecem afia-las em dezembro
Apresente-as em janeiro
Use-as em fevereiro
Entupiremos as aortas
Para descobrirmos novas portas
Sentiremos culpa lamentosa
Mas isso é pena meticulosa
E é assim todo janeiro
Logo depois é fevereiro
Resto dos fogos no canteiro
Facas afiadas para o ano inteiro
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