sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Fim do Teatro

Aplausos. Ou não.

A turnê chegou ao fim. Abraços.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Além do Cyanted

Tudo começou com o Cyanted que criou Welt, que criou o mundo e as dimensões e os planetas. Daí fez de Chrysos o seu Jesus, o seu aprendiz. Chrysos criou então dois amantes, Hermes e Afrodite que viviam por entre planetas mercurianos e venusianos. E então ele cansou-se do amor dos dois e introduziu um terceiro e destruidor ser. Corvo. Corvo que foi consumido pela fome de Afrodite. Afrodite com os poderes de Corvo, transformou-se em Corvina. Corrompendo almas por dimensões, ela chegou até Niok, que desafiou todo o universo para provar que ninguém o controlava. Provou, mas sozinho. Ninguém presenciou sua vitória senão a sua solidão e os poderosos filhos de Cyanted, que claro, não passaram adiante a mensagem. Mas foram surpreendidos pela presença de Sizu, um ser de asas negras. Ele foi dado como morto e apenas um pergaminho com sua trágica derrota aparecia de tempos em tempos. Não suspeitavam que sua alma estava vagando pelo universo. Então jogou toda ela no corpo do pequeno Scout. Anos depois, encontramos dois seres odiosos: O Marujo Scout e o Pirata Saint Pain. Em uma jornada de vinganças, travaram batalhas marítimas eternas. Até se matarem em algum ponto inexistente da história. Nisso tudo, apenas o Cyanted continuava vivo, mas já perdendo toda a sua força. Welt e Chrysos desaparecidos, Hermes em suicídio, Corvo devorado por Afrodite/Corvina que foi destruída por Niok. Este, de volta ao Cyanted. Os poderosos filhos do Cyanted, envelhecidos, só viviam de orgasmos ao controlarem algumas vidas do universo. Morreram com sorrisos e molhados.

Alcançamos a era mais próxima e temos um herói. Ou não. O Homem-Morrendo. Uma piada triste das tentativas de se morrer em dias parecidos com os vossos.

E numa era futura, ainda teremos um médico destruído por guerras, culpado por aberrações numa tentativa desesperada de reformular o mundo. Deixa-lo definitivamente feio a luz do dia.

E essa, é a minha mitologia, é tudo que acredito. É tudo que move o meu mundo.
Eu sou um deus. Eu sou Além do Cyanted.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Evolução

Andei olhando a minha série "Da Mochila" e comparei os poemas com os últimos que coloquei aqui. Houve evolução. Pessoal, da fato. Eu ouvi um discurso certa vez, se alguém souber quem o fez me diga por favor. Era sobre mudança.
A história nos mostra o quanto somos relutantes com mudanças. E que deveriamos aderir a essa virtude. Uma mudança de valores, de ideais. Mudança movida apenas pela curiosidade. E isso trará equilibrio ao ser. Ele encontrara nas dificuldades, pequenos raios de luz. E juntando os pequenos raios de luz poderá forar uma Lua na escuridão.

Então, mudem uma postura. Não sejam pedras imóveis. Mas pedras com asas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amor Em Tempos de Grécia

Amar deusas é um complicado
É amar o que se é um mito
Carrega esse fado, menino

Amar o que não se há

Pense num Perseu
Que no amor se perdeu

Ó, górgona maldita!
De mitos e deusas tu é que se aproxima
Da que me zomba
Da que me usa
Procurei Amazona
Encontrei Medusa

sábado, 1 de agosto de 2009

(In)decisão?

Como não se opor ao oposto do que sou?
Meramente um cara deprimente

Ave! Pra lá!

Que porcelanas almadas
Hão de gostar da alma
Encolhida
Num pote de margarina?

Que caçadora haverá
De caçar uma presa
Já presa
Sem beleza?

O seu documento rapá
Ta todo rasgado
Sugiro plastificar

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Comediantes

Esse poema foi baseado no personagem Comediante da HQ Watchmen.
Um homem de guerras. Banal.

E se eu apontasse o trabuco
Não pro alto, de ameaça
Mas pro meio da fuça
Quem correria na frente
Do teu rosto
Condenado?
Há de se duvidar
Que justiça exista
Menino brinca
Homem xinga
Mas e se eu apontar
Com um sorriso
Só de imaginar
Litros de sangre
Saindo da jugular
E rir
Como apenas aquele
Que viu a verdade
Que tem o talento
Da comédia.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Sem título

Pegou algumas peças presas no teto de seu quarto
Ao espaço, era o destino do garoto
Percorrendo os corredores da casa de gelo
Buscava combustível para a nave voar
Com muita coragem, invadiu o quarto dos pais
Com passos suaves de uma criança ao biscoito
Retirou a peça que havia no criado mudo
Beijou a testa dos dormentes ali
Voltou ao quarto
Feliz, trancou a porta e deu início
Começou a contagem regressiva
As luzes acesas, para não perder um detalhe
Sentou-se, apreensivo
Levou as mãos ao objeto que o levaria longe
E a primeira página se abriu...
E então ele partiu

por Melchior Cristo da Silva Barbosa