segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Post Proíbido Para Caretas

Sim, preparem-se. Hoje é um dia daqueles então vou descontar nesse blog e posso ofender muitas pessoas...pelo menos eu vou defender meu ponto de vista.

Sociedade. Do latim Societas que significa "associação amistosa com os outros".
Me respondam, é esse sentido que levamos a sério? Quantod de vocês não se assustam ao ouvir a palavra sociedade? As relações amistosas, se transformaram em relações de trocas materiais. Temos interesses frios e descartaveis pelas pessoas. Valorizamos o sentido da família, mas isso só nos transforma em meras engrenagens para uma máquina, uma bomba que vai explodir declarando o nosso fim. A hipocresia que vivemos, que deixamos de herança para as futuras gerações, vai nos afastando de todos. A vida dos outros tornou-se fator comum. Nossa "sociedade" na verdade são condomínios fechados, com muros altos e casas de muros altos. Não é seguro viver em diferença, precisamos de um pensamento enlatado, alguém que pense por nós e que decida nosso destino. Deus, governo, religião.
Vamos parar para pensar nas coisas que temos! Qual a finalidade? Precisamos ter finalidade? Anseiamos tanto para sermos vistos que precisamos nos apoiar em idéias velhas, idéias ultrapassadas, porque só assim você faz parte da sociedade. Contes-te e será repreendido. Diga alto que não acredita em "Deus" e veja a reação das pessoas dizendo "eu respeito sua opinião" mas nos dias seguintes, veja que elas não querem mais estar perto de você, pois elas tem medo que você estrague a vida perfeita delas com suas idéias "malucas". Tudo está perfeito, porque pensar diferente? Enquanto ninguém descobrir meus negócios sujos, ta tudo bem! Vou continuar acreditando no que me dizem, mas ninguém precisa saber que estou usando drogas! E quando alguém usar a imagem de Jesus crucificado eu vou virar a cara e dizer "que coisa feia"...

Me orgulho muito de ser ateu, não precisar de religião pra me doutrinar e dizer o que devo ou não fazer. Se não uso drogas, é opção minha e só minha. Tento me satisfazer acreditando nas pessoas e não precisar fugir da minha realidade. Mas está cada vez mais difícil pensar que a "sociedade" pode ser resgatada em sua etimologia. Quando digo drogas incluo nisso tudo a religião que como ja se dizia "é o ópio do povo".

Tenham um bom dia vivendo suas vidas pensando na próxima. Continuem comprando sua escada para o paraíso. Fechem os olhos e sonhem, é melhor que encarar a realidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pegando nesse conceito de "ateu" e tudo que envolve religião que abordas quis comentar.

O conceito e a existência de Deus(no meu caso, que fui educada na religião e num país católico, do Deus católico) nunca foram algo em que eu depositasse muita fé. Embora em criança tenha sido educada na fé católica nunca tinha ligado muito à religião.A minha atitude resumia-se a um «se me dizem que foi ele que criou tudo e tudo gira à sua volta, por mim tudo bem», ou seja, acreditava mas dedicava-lhe uma indiferença total. É claro que nesta altura, tal todos os outros, a minha capacidade para pensar e aplicar a minha razão e conhecimentos num assunto tão controverso era ainda mínima, e portanto só quando comecei a adquirir os conhecimentos mínimos necessários e a necessidade de obter certas respostas é que o assunto se revelou mais problemático.

A minha primeira dúvida acerca das divindades sobrenaturais passou pela minha incompreensão sobre o seu próprio aparecimento e consequente formação do Universo. Para simplificar, se eu não concebia a existência de fantasmas, como poderia conceber que um deles aparecesse do nada e com um passe de mágica criasse o Universo? Outra das minhas dúvidas dizia respeito às qualidades que supostamente Deus deveria apresentar, segundo os dogmas católicos: omnipotência, bondade, justiça e omnipresença. O problema é que se o nosso planeta é assim, havia algo de muito errado no conceito de bondade e justiça...

Acredito em uma suposta entidade (que não tem nada que ver com as "propostas" apresentadas pelas várias religiões) que, apesar de eu não conseguir conceber a sua existência em nenhuma das duas hipóteses para o princípio do Universo (ou foi criado do nada ou então nunca teve princípio, sempre existiu), não a deixo completamente de parte, pois enquanto não se souberem todas as respostas não se podem dar respostas válidas a todas as perguntas formuladas.

Enquanto não são respondidas, a minha "luta" é para que as pessoas pensem em tudo o que acreditem. Se a sua razão lhes der respostas válidas sobre o que acreditam, tanto melhor. Se tal não acontecer, ponham a hipótese de que o que pensavam ser absurdo talvez tenha algum cabimento, em vez de se deixarem guiar cegamente pela religião.

É que, por incrível que pareça, todos os livros que eu li até hoje seguem a seguinte regra: os que tentam desmistificar qualquer religião usam a ciência e aplicam a razão, e os que, pelo contrário, a têm por verdadeira, usam apenas e só a fé, como se a crença em religiões fosse algo de irracional!
E como a fé é simplesmente preguiça mental, não entendo porque não usam eles a razão para provarem que estão certos. Bem, o facto é que até hoje nunca consegui encontrar um livro defensor de Deus/Jesus/Religião com propostas que não se baseassem apenas em fé...

O essencial nisto tudo é PENSAR, em vez de aceitar cegamente tudo o que uma e outra partes dizem.